sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Batalha dos gráficos: Crysis 2 vs. Battlefield 3 [vídeo]


Não é de hoje que jogadores de todo o mundo gostam de comparar gráficos de diferentes games. Entre tantos títulos, Crysis sempre recebeu elogios por sua extrema qualidade. Todavia, de tempos em tempos, novos títulos são lançados e o trono do FPS futurista sempre é ameaçado.
Em 2011, a EA lançou Battlefield 3, game desenvolvido pela DICE. Muitos gamers relataram que o terceiro título dessa aclamada série tinha gráficos superiores aos de Crysis 2 – que foi lançado no mesmo ano pela mesma distribuidora, mas desenvolvido pela Crytek. Nas diversas análises que surgiram na web, o quesito visual de Battlefield 3 realmente foi elogiado.
Ocorre que poucos sites ousaram comparar tal característica, pois não há um programa específico para isso. Assim, alguns jogadores defendem fielmente a superioridade de Crysis 2, enquanto outros afirmam que Battlefield 3 é mais realista. Para apimentar um pouco mais essa batalha, o Tecmundo entra em cena, comparando diversos detalhes e buscando eleger um grande campeão. Enfim, chegou o momento que todos vocês pediram!

Máquina de testes

Como você já deve saber, os dois jogos requisitam computadores muito potentes para habilitar as configurações máximas de gráficos. Normalmente utilizamos uma máquina mais simples para executar jogos, contudo, nesta comparação usamos o que temos de melhor. Abaixo você confere as especificações do nosso PC de análise.
  • Processador: Intel Core i7 Extreme 990X @ 3,47 GHz
  • Placa-mãe: ASUS Rampage III Extreme
  • Memória RAM: 12 GB de memória RAM DDR3 1333 MHz (canal triplo)
  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 580
  • Sistema operacional: Windows 7 Ultimate 64-bits
  • Driver NVIDIA: 285.62
  • Programa de captura: Fraps

Configurações dos jogos

Por se tratar de uma comparação gráfica, não poderíamos realizar os testes sem utilizar os devidos filtros em configuração máxima. Além disso, achamos sensato executar o game em Full HD, afinal, essa é uma resolução razoável para jogos de computador. Configuramos todas as opções para o perfil Ultra, que habilita os recursos mais avançados.
No jogo Crysis 2, instalamos os packs de atualização. Dessa maneira, o game foi executado com texturas de alta resolução, DirectX 11 e recurso tesselation. Veja as screenshots com as configurações de cada game:

 

Método de análise

Não há um software específico para comparação de gráficos, não sendo possível verificar a igualdade de polígonos, quantidade de pixels e outros elementos que compõem o aspecto gráfico de um jogo. Assim, nossa análise foi puramente visual, comparando recursos semelhantes nos dois games.

 

Primeiramente, capturamos diversas cenas nos jogos. Testamos os dois jogos em diversas fases, para averiguar possíveis melhorias em determinados cenários. Depois, realizamos uma comparação lado a lado com os vídeos e com quadros estáticos.

Para comparar as texturas e demais componentes, utilizamos apenas as imagens semelhantes, descartando peculiaridades de cada título. Contudo, vale frisar que mesmo com grande quantidade de imagens, esta análise é um pouco subjetiva, visto que as cenas não são idênticas e que existem diversos elementos que tornam os jogos completamente diferentes.
Observamos também o comportamento de física nos games, entretanto, não levamos em consideração tal aspecto para a comparação gráfica. Por fim, atentamos para comportamentos irregulares, para poder averiguar possíveis erros dos jogos.

Considerações prévias

Antes de falarmos sobre os quesitos avaliados, vamos dar um parecer geral sobre nossa experiência com cada título. Primeiramente, devemos considerar que Crysis 2 é um jogo extremamente pesado. O game possui qualidade absurda, fazendo com que placas gráficas poderosas trabalhem ao extremo.

Em nossos testes, tivemos uma média de 45 fps, independente da fase em execução. Essa “decepção” na execução do game se deve à quantidade de elementos em cada fase, à enormidade de texturas em alta resolução, à utilização do recurso tesselation e a algumas configurações próprias do game que permitem a interação com diversos objetos.
Quanto à execução de Battlefield 3, notamos que o jogo é um bocado mais leve que o adversário. O game rodou tranquilamente a 60 fps, com raríssimas quedas de frames. Vale salientar, no entanto, que esse título apresenta uma série de defeitos, característica muito criticada por diversos jogadores que necessitam realizar configurações bizarras para conseguir executá-lo.
Entretanto, tudo indica que Battlefield 3 é um jogo bem preparado para execução em máquinas mais robustas, visto que não tivemos de efetuar quaisquer modificações manuais para obter resultados excelentes. Enfim, dito tudo isso, vamos ao que interessa.

Comparação de texturas de solo

O nível de detalhes nas texturas de solo é muito semelhante. Quando olhamos à distância, percebemos que os dois jogos tentam imitar bem o que é visto no asfalto comum. Olhando mais de perto, notamos que Crysis 2 parece ser um pouco mais caprichado.
O jogo da Crytek parece usar maior quantidade de detalhes para compor o terreno, independente da fase. Apesar de a qualidade ser um pouco inferior em Battlefield 3, não podemos dizer que o jogo deixa a desejar, pois não visualizamos o defeito de pixelização.

Comparação de texturas de paredes

Por se tratar de um elemento pouco notável, as paredes dos cenários nos dois jogos parecem ter texturas de baixa qualidade. Contudo, em Battlefield 3 notamos que algumas texturas revelam nitidamente seus pixels. Não que Crysis 2 tenha grande capricho nesse aspecto, contudo, a quantidade de texturas mais simples parece ser menor.

Comparação de texturas de objetos

Os dois jogos possuem muitos elementos nos cenários. A qualidade dos itens depende muito. Em alguns cenários, reparamos que ambos deixam muito a desejar. Contudo, ao comparar veículos, por exemplo, temos a leve impressão de que Crysis 2 tem qualidade melhor. Alguns automóveis de Battlefield 3 são muito irreais, fato notável tanto pela composição geométrica quanto pelas texturas utilizadas.

Comparação de reflexos no solo

Aqui, os dois jogos se saem extremamente bem. Os reflexos em terrenos molhados são muito convincentes. Porém, devemos criticar que em algumas situações tal recurso é usado em excesso. Em Crysis 2, por exemplo, em certas situações, conforme o posicionamento da câmera, o reflexo pode parecer irreal. Detalhe: nos reflexos em objetos, o game da Crytek parece ser melhor.

Comparação de luminosidade

Um dos elementos mais bem trabalhados nos jogos é a luminosidade. Diversas luzes incidem sobre os objetos, iluminam os ambientes e deixam o game com um aspecto mais real. Apesar de os dois títulos terem extrema qualidade, ficamos mais impressionados com a luminosidade de Battlefield 3. Raios de luz invadem os cenários constantemente e são arremessados contra a câmera. Em Crysis 2, vemos que há uma preocupação com a luz, mas os efeitos são mais suaves.

Comparação facial de personagens

Os rostos dos personagens são muito detalhados. Contudo, por mais perfeito que sejam os gráficos, ainda notamos alguns detalhes que permitem distinguir o jogo da realidade. Nesse quesito, entretanto, Crysis 2 parece levar a melhor. As texturas são mais bonitas e o formato da cabeça não é tão poligonal. Não que Battlefield 3 seja desleixado nesse aspecto, mas percebemos que o game não é tão bonito quanto o concorrente.

Comparação de elementos de jogo

Para finalizar nossa batalha gráfica, comparamos situações em que há fogo e fumaça. Independente do objeto que está pegando fogo, nos dois jogos a qualidade das chamas deixa a desejar. A fumaça, por outro lado, é muito realista, sendo impressionante visualizar o efeito de longa distância. Contudo, preferimos a fumaça de Battlefield 3, que parece ter mais volume.

Falhas em Battlefield 3

Battlefield 3 é um jogo completo e com grande quantidade de detalhes. Apesar disso, o game tem uma série de defeitos. Logo nas primeiras missões, é possível notar que o personagem não tem sombra, que não há reflexo do boneco no chão, que as folhagens são de baixa qualidade e que a interação com objetos é mínima.
Durante partidas prolongadas, as falhas são mais graves. Em nossa análise, verificamos que o jogo apresenta popins e baixo nível de qualidade física – você não vai ver nada da tecnologia PhysX no game. Tais detalhes não incomodam muito, porém, a DICE teve a audácia de usar uma imagem estática para retratar o céu nos cenários – aspecto inadmissível para um jogo dessa qualidade.
Texturas demoram para carregar

Falhas em Crysis 2

Crysis 2 pode ser muito bonito, mas, assim como o concorrente, apresenta muitos errinhos. Sombras mal programadas, objetos com arestas irregulares, falhas na interação com determinados itens e alguns bonecos irreais são alguns dos tantos defeitos. O pior está nas falhas que ocorrem quando um vidro é quebrado, momento em que vemos as pequenas partículas espalhadas de forma bizarra e sumindo repentinamente.


O game mais realista

Depois de quase seis horas de jogo, muitas fases testadas, diversas comparações realizadas e uma enormidade de elementos averiguados, chegamos a um veredito final. Battlefield 3 pode ser muito bem feito, no entanto, o jogo não consegue superar a qualidade gráfica de Crysis 2. O segundo jogo da série futurista se destaca ainda mais quanto à qualidade da água e aos terrenos que utilizam tesselation, deixando Battlefield comendo poeira.
É impossível dizer qual é o melhor durante a jogatina, pois a ação é constante e é muito difícil ver defeitos. Todavia, como fizemos uma análise profunda, tivemos de observar os mínimos detalhes, o que nos levou a conceder a vitória para Crysis 2. Mas, independente de qual tem a melhor qualidade gráfica, ressaltamos que o importante é a diversão. Confira mais imagens na galeria abaixo.

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